Diário de Ana Maria

Compartilho com vocês a resposta da profª Catarina Terto Zafra a profª Ana Maria  (personagem de uma reflexão que estamos fazendo em nossa escola, sobre as aspectos que envolvem a educação, nosso trabalho).

Marília, 15 de setembro de 2011.            

Minha amiga Ana Maria,

perguntas-me o porquê,

desta escolha de infância

onde a pureza de criança

fez-me logo perceber,

que meu caminho era este,

que depois que eu crescesse,

meu querer e interesse

era a magia de ensinar e aprender.

Hoje as críticas são tantas

aqueles que outrora foram

os exemplos de uma época

de rigor e autoridade

para um povo tão sofrido,

mas cheios de dignidade.

Perguntas-me, Ana Maria,

“O que é ser professor?”...

Alguns dizem que é uma dádiva,

e outros que seja um dom.

Acredito que vem da alma,

do fundo do coração.

Sentimento inexplicável

de contribuir para a construção

de uma sociedade melhor

que se transforma a cada instante

em um ritmo alucinante.

Ser professor...

é brincar com a fantasia,

é falar um som... sem som,

é gostar de fazer festa,

é ser o exemplo de mestre,

sem alterar o tom.

Ser professor...

é fazer dupla jornada

diante da correria de uma vida tão cansada,

ou perante a própria dor

manter sempre a elegância

assumindo compromissos...

Não será isso... AMOR!?

Ser professor...

É conseguir vencer barreiras

sem poder trocar ideias

nem com quem compartilhar.

Mesmo me sentindo só

não posso desanimar!

Ser professor...

é vencer todo o cansaço

de segunda a segunda,

assumindo a missão

de ouvir e orientar.

Nessa estrada tão comprida,

é contar a cada dia

o momento de parar.

Ser professor...

é enfrentar uma série de cobranças,

são muitas dificuldades

porque é a reta final

de um ciclo importante,

necessário e fundamental.

Seriedade é companheira,

ser responsável primordial,

e para entender as diferenças...

humildade é essencial.

Leãozinho, SAREM, SARESP,

resultado tão incerto.

Inclusão, Adequação,

no final dá tudo certo!

Querida Ana Maria,

vou te falar nesse instante...

Ser professor...

é se empenhar,

se mostrar muito importante,

com exímia disciplina

Seguindo toda a rotina.

É também fazer piadas

com as chateações da vida.

É pedir ajuda a Deus,

mesmo com medo de errar,

porque nesta profissão

devemos sempre arriscar.

É praticar exercícios,

mas também cuidar da alma.

É fazer o que puder,

se doando com muita calma.

Mesmo que a tristeza chegue,

ao desânimo não podemos nos entregar,

porque nesta vida dura

a regra é sempre lutar.

Ser professor...

é também subir degraus,

fazendo reflexões,

cobrando e ajudando, pois é preciso direcionar,

não podemos esquecer de coordenar e motivar,

mas nunca “dormir no ponto”,

se por acaso houver tropeços...

Não se assuste...

Volte ao começo!

Ser professor, no entanto...

é brincar com a poesia,

transformando com alegria

o estresse do dia a dia.

Serão bons e longos anos,

acredito, penso eu,

que no final desta jornada

a premiada...SEJA EU!!!

Mas querida Ana Maria,

também tenho essa dúvida???

Se ajudamos a formar

Engenheiros e Dentistas,

Médicos, Advogados,

Prefeitos, Governadores,

Presidentes e Deputados,

ainda não consigo entender...

porquê somos tão desvalorizados???

Enfim, ser professor...

É sermos...

Michelas, Daienes, Maras, Ednelsons,

Magdas, Silvanas, Vanessas, Lucianes,

Fátimas,

Rosannas, Paulas, Olívias,

Priscilas, Mirellas, Ivanas,

Lilians, Clélias, Jairos, Auroras,

Vânias, Danieles, Janainas,

E, é claro, também sermos...CATARINAS.

                                                                                                                                            (autora: Catarina)

EMEF - "Profª Reny Pereira Cordeiro"

Como disse eu meu 1º post trabalho na EMEF – “Profª Reny Pereira Cordeiro”.

Trabalho nessa escola desde o começo da minha carreira, especificamente, desde o ano 2000.

Mas a história da escola começou muito antes... foi chamada de Grupo Escolar da Vila Hípica, depois essa escola passou a ser denominada “E.E Prof. Nelson Cabrini”, no ano de 1986, com a construção de um novo prédio que atendia as necessidades da região, foi criada a EE – “Profª Reny Pereira Cordeiro”, e a escola antes citada continuou com o mesmo nome porém no novo prédio.

No ano de 1998, a escola foi municipalizada tornando-se EMEF – “Profª Reny Pereira Cordeiro”. Continuou no antigo prédio, situado as margens da BR 153, na Zona Sul de Marília.

Nessa época o prédio contava com cinco salas de aula, uma biblioteca pequena. Um pequeno pátio e o refeitório eram cobertos. Não existia quadra e as aulas de educação física eram realizadas num pátio aberto, em dias de chuvas essas aulas eram realizadas em sala de aula.

Após alguns anos e com a demanda, o prédio ganhou um laboratório de informática equipado com 20 computadores, que desde sua instalação é usado semanalmente nas aulas de informática, e uma nova e maior biblioteca, que passou a ser utilizada pelos alunos frequentemente. Mais um pátio foi coberto e o prédio todo foi pintado. A sala onde funcionava a biblioteca foi transformada em sala de aula, a qual apelidamos carinhosamente de “cafofinho”, isso porque ela era bem menor que as outras.

 

Com a mudança do modelo de ensino para nove anos nossa demanda aumentou e começamos 2011 não mais com 12 turmas (6 matutinas e 6 vespertinas), e sim com 14 turmas (6 matutinas e 8 vespertinas). Com isso, perdemos a biblioteca, que passou a ser utilizada como sala de aula, e os dois primeiros anos dividiam a mesma sala. Mas isso aconteceu só até março, já que nos dias 31 de março e 1º de abril, fizemos a mudança da escola para o prédio novo.

Hoje estamos em um prédio moderno e adaptado, que fica no cruzamento das ruas Guilherme Sheffer Neto e Alexandre Chaia, no bairro Damasco. Temos 9 salas de aula, sendo que uma delas será uma sala de recursos para atender alunos com  deficiência intelectual e distúrbios de aprendizagem dessa e de outras duas escolas. Nesse prédio temos uma biblioteca muito grande, que continua sendo freqüentada semanalmente por todos os alunos, que retiram livros para fazer a leitura em casa, e também pode ser utilizada como sala de projeção, já que é equipada com computador, televisão, data-show e telão. O laboratório de informática que possuímos nesse prédio é maior que o outro,e hoje tem 9 máquinas, utilizando a tecnologia multi point, permitindo uma única CPU gerenciar até 3 estações, e atendendo 36 alunos, e todas as turmas o freqüentam semanalmente. Pátios e refeitório são cobertos, e tem uma quadra esportiva também coberta e com arquibancada, o que privilegia as aulas de educação física.

Apesar de já estarmos no prédio desde abril, a inauguração oficial aconteceu no dia 12 de agosto e toda a comunidade estava em festa! Confiram reportagem sobre inauguração da escola no link http://www.marilia.sp.gov.br/prefeitura/noticias/busca_noticias.php?id_noticia=3268

Nossa escola tem obtido bons resultados em avaliações externas como o SAREM (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar de Marília) e a Prova Brasil, e obteve  7,3 no IDEB.

APRESENTAÇÃO

Meu nome é Mirella Clemente Armentano, tenho 31 anos e sou casada.

Hoje ao fechar os olhos posso me lembrar de todo o caminho que percorri para chegar até aqui!

Lembro-me que desde pequena dizia que seria professora, como minha mãe. Sonho de menina que começou a se realizar aos 14 anos quando entrei no CEFAM, aqui mesmo em Marília. Muito aprendi lá... 

Quando estava no terceiro ano, prestei o vestibular para Pedagogia, e em 1998, comecei a faculdade de Pedagogia no Campus da UNESP, também em Marília. 

Nesse mesmo ano prestei um concurso para professora de ensino fundamental do município, pois o concurso foi no final do ano e sabia que quando começassem a chamar eu já estaria formada.

No mês de setembro do ano seguinte, após ser aprovada no concurso, fui contrata para trabalhar na rede municipal de ensino de Marília.

O sonho se tornou realidade. Porém, eu era uma menina de 19 anos e nenhuma experiência... comecei como professora volante (nome dado as professoras que não tem sala fixa aqui na rede municipal), ao final do ano precisei entrar no processo de remoção e acabei me efetivando na escola onde estou até hoje, a EMEF- "Profª Reny Pereira Cordeiro". O começo foi muito difícil... não tinha experiência, era muito nova e tudo era novo! Mas, o tempo é um ótimo remédio e junto com a força de vontade, foi o que me fez seguir, aprender e crescer! 

O caminho foi cheio de desafios, uns mais fáceis, outros mais difíceis. Mudanças também ocorreram desde que comecei... e com tudo isso veio a experiência!

E hoje, depois de 12 anos (completados ontem 13/09), continuo trabalhando como professora da rede municipal de Marília, acredito e tenho a certeza que posso e faço a diferença na vida de meus alunos!